As duas capas vão hoje dedicam -e com justificativa – o assassinato de uma heroína da autonomia de expressão: Anna Politkovskaja. E os titulares e as fotos (em duas e 3 colunas) são bastante parelhos. Ambos os diários se aproximam em tópicos internacionais (salvo com Bush) e se afastam, até a antípodas, em questões nacionais.
Sempre que leio algo a respeito de assassinatos, torturas ou perseguições de colegas, que lutam pela independência de frase e de detalhes dos seus leitores, me apresenta qualquer coisa no estômago. Sinto um nó nas entranhas que logo se transforma em cabreo monumental que me instiga a retornar à primeira linha informativa. O tempo não passa em irão e, à proporção que vou fazendo mais, eu faço mais radical pela defesa de meus princípios.
Ajuda muito ter a residência paga e criancinhas (quase) desenvolvidos. O assassinato de Anna, perplexa e querida por seus colegas de profissão (recebe as minhas mais sinceras condolências comparsa Eugene), me foi descontinuado nessa manhã luminosa de domingo, em Almeria, onde estou por casamento familiar.
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a rússia, a Rússia. Agora brotarán multidão de teorias da conspiração para esclarecer as causas de seu assassinato. Talvez não saibamos nunca quem deu a ordem de matá-la a tiros no elevador de tua moradia. Tinha muitos adversários, que foram o centro de tuas investigações e opiniões jornalísticas: o governo da Chechênia, o presidente Putin, setores corruptos do Exército e da polícia russos, bandas fascistas e neonazis, máfias pré-capitalistas infiltrados nas grandes companhias, etc
“As primeiras hipóteses de tua morte apontam pra política e o lugar de histeria nacionalista que hoje se respira pela Rússia”. Não vamos em saco roto. “Quando as barbas de seu vizinho vê descascar, ponha as tuas de molho”. Mas o principal tema de capa O país é uma notícia (quem sabe exclusivamente) sobre isso as bombas atômicas que caíram, há 40 anos, perto de minha moradia de Mojácar.
HÁ DATAS da história das cidades que merecem ser lembradas com unânime devoção em razão de elas se incorporaram sentimentos que somente conseguem aflorar na rotina do dia a dia. Uma destas datas é o dia onze de março de 2003, em Madrid, no momento em que todos os que vivemos nessa cidade começamos a tarefa diária mergulhados na ansiedade dos terríveis atentados daquela manhã.
posteriormente, de imediato, a cidade deu o mais legal de si: centenas, milhões de pessoas, alteraram seus horários, lançaram horas extras, doaram sangue, colaboraram pro transporte de feridos, acondicionaron vagas para responder aos que chegavam em hospitais. Entre todos foram se aglomerando lixo sobre uma das memoráveis jornadas da villa de Madrid. Foram, primeiro, as instruções emitidas pelo ministro do Interior e os serviços diplomáticos do Exterior, no sentido de que tinha que ser a comissão dos atentados a ETA.
Veio mais tarde a denúncia de uma conspiração em que teriam participado das polícias da França, Espanha e Marrocos, mais os terroristas da ETA, mais certos dirigentes do PSOE. Agora o que se propala é que alguém adulterou um relatório da polícia científica, que estabelecia a vinculação de ETA com os islamistas. E que essa manipulação necessita de prosseguir procurando.